ÁGORA
Francisco Mesquita.
Tu me tomas
para ti
e me
penetras em silêncio.
Teu olhar
brilha mais.
Sinto-me
invadida. Envaideço.
Estremeço
em todos
os
sentidos.
Sinto-te
inteiro. Todo.
Tudo em mim
é um
ir-e-vir. É devir.
Ouso
querer-te inteiro. Só
para mim.
Num
momento. Eterno.
Mas sei que
vais. E voltas.
És meu.
Mesmo
longe, oculto.
Estás em
mim.
Distante e
presente.
Agora sou
gozo.
Estou nua.
Sou tua.
* * * * *
(Texto protegido pela Lei de Direitos Autorais, Lei 9.610, de 19/02/1998.)